(Parte da história que estou escrevendo no intuito de torná-la um livro. Vou postar partes da mesma, quem quiser acompanhar e dar opiniões fique a vontade.)
»» Introdução ««
Esta é uma obra que narra uma fictícia história vivenciada por Pedro Vitório, um vendedor de livros, palestrante e escritor, que trabalha a alguns anos viajando brasil a fora, de cidade em cidade. E numa dessas andanças ao chegar no interior da Bahia, em uma cidade chamada Jacobina meio sem querer ele se envolve em uma trama misteriosa.
Após descobrir (por curiosidade) um grupo secreto ramificado da religião católica, que faz rituais e sacrifícios na calada da noite dentro da igreja matriz daquela cidade, ele acaba se envolvendo desagradavelmente com este grupo que passa a persegui-lo.
O aviso ou ritual de inicio das reuniões do grupo é badalando o sino da igreja doze vezes a meia noite. Ao observar [escondido] de uma janela, Pedro nota que cada noite são pessoas diferentes que chega para a reunião, indo de anônimos, políticos, fieis, 'pessoas de nome' da cidade, donos de comercio, etc. A partir daí que surgiu o titulo do livro.
»» Por Quem o Sino Está Badalando Nesta Madrugada? ««
Capítulo 01
...e quando o sino soou pela décima segunda vez, levantei, fui até a janela do quarto e vi que o relógio na torre da Igreja Matriz marcava um minuto e meio de um novo dia, pra ser mais exato era madrugada do dia 02 de Novembro, feriado do Dia de Finados. Aquela era a segunda noite desde que eu havia chegado à cidade de Jacobina, no interior da Bahia.
(...)
Meu nome é Pedro Vitório, cheguei à cidade dois dias atrás, no dia 30 de Outubro, às 13h00min, descendo de um ônibus que vinha de Salvador e seguia para a cidade de Miguel Calmon.
Viajo pelo Brasil vendendo livros dos mais variados gêneros e dando palestras em escolas e empresas sobre literatura moderna, também sou escritor, estou criando um livro que narra uma misteriosa trama envolvendo policiais que descobrem e passam a investigar um grupo secreto ramificado da Igreja Católica que faz rituais macabros, que envolve assassinatos e sacrifícios de jovens.
(...)
Durante a noite, do dia 30 de Outubro para o dia primeiro de Novembro, depois de pegar no sono sentado no sofá, fui acordado com o sino badalando e logo depois o ladrar dos cachorros, levantei, fui até a janela e vi que a Igreja estava fechada, olhei na praça e não havia ninguém, achei estranho o sino soar àquela hora, mas o cansaço físico depois de uma longa viagem e passar o resto da tarde procurando uma hospedaria me davam a dose exata de preguiça que não me deixava ficar observando o que estava acontecendo, não consegui entender porque ele estava badalando àquela hora, mas mesmo sem entender, não sei se era por medo ou por outra sensação, a cada badalada meu coração acelerava cada vez mais rápido e meu corpo se arrepiava, então fechei a janela, puxei a cortina, apaguei a luz e fui dormir.
(...)
Durante o dia primeiro andei pela cidade tentando conhecer alguns locais e ir ganhando clientes, à tarde fui até a Igreja visitá-la e a noite depois de jantar sentei no sofá e fui organizar algumas coisas no meu notebook e conversar com alguns amigos pelo facebook.
Um pouco cansado acabei adormecendo, foi quando fui acordado por uma badalada supondo que tenha sido a decima segunda porque depois daquela ele não soou mais. Com muito sono depois de olhar o relógio na torre da Igreja marcando 00h01min e 30 segundos do Feriado de Finados, já era o dia 2 de novembro, fechei a janela, apaguei a luz e acabei indo dormir.
(...)
Acordei as 10h00min da manhã no feriado, andei pelas ruas próximas a pousada, os comércios estavam todos fechados, assim como por toda cidade. Então voltei para a Praça da Igreja Matriz, em frente à pousada, sentei em um dos bancos e olhando para a Igreja comecei a imaginar qual seria o motivo do sino soar todas as noites àquela hora, mas precisava voltar e começar a organizar as coisas, pois, no dia seguinte iria começar de fato meu trabalho naquela cidade.
Acabei meus afazeres tarde da noite, inicio da madrugada do dia 03 de Novembro, já com um pouco de receio e insônia adquirida com a curiosidade, mas decidido tentar saber o que estava acontecendo, depois da primeira badalada do sino, ao ouvir o ladrar dos cachorros e pela primeira vez os passos de um cavalo rasgando mais uma vez o silêncio noturno, apaguei a luz e fui até a janela do quarto no segundo andar da pousada, de onde dava pra ver o cruzeiro no alto da serra que se misturava com as ruas da cidade e o rio sendo seguido em suas margens pelas duas avenidas principais, vi pela transparência da vidraça da janela o vulto de um cavaleiro cortando a neblina, coberto por uma longa capa escura e um capuz preto na cabeça que cobria o rosto, andando vagarosamente em direção a Igreja Matriz.
Logo depois de outra rua da cidade, oposta de onde veio o primeiro cavaleiro e que também seguia até a praça da matriz, surgiu mais um, depois de outras ruas, outro e outros, todos com os mesmo trajes do primeiro.
(...)
Após cinco minutos de observação e espanto, lá estavam doze cavaleiros parados numa fila horizontal em frente à Igreja Matriz, na gélida escuridão noturna, interrompida apenas pelas fracas luzes amareladas das luminárias da praça. Já haviam se passado 7 minutos desde que o sino parou de badalar, apenas o ladrar distante de cachorros interrompiam o silêncio. Àquela hora na cidade raramente havia automóveis ou pedestres trafegando.
Em seguida um lado da porta dupla da Igreja se abriu e de dentro saíram duas pessoas que também usavam capuz, assim que saíram um deles retirou o capuz, então pude notar que era o padre Firmino, magro, alto, com seus 52 anos de idade e seus cabelos brancos, mas a outra pessoa que o acompanhava continuou com o capuz na cabeça e não consegui identificá-la. Eu reconheci o padre por que no segundo dia de minha estadia na cidade, no dia 01 de Novembro, o conheci quando fui visitar a Igreja.
Então fechei um pouco mais a janela e puxei as duas partes da cortina, deixando apenas uma pequena brecha para conseguir ver o que estava acontecendo sem ser percebido enquanto o padre e a pessoa misteriosa se aproximavam dos cavaleiros.
O padre Firmino foi até um dos cavaleiros, o que se encontrava no centro da fila, o cumprimentou, disse algumas palavras, o cavaleiro desceu do cavalo e os dois foram caminhando junto com o desconhecido para dentro da Igreja. Naquelas alturas dos acontecimentos já me encontrava ofegante e com os sentidos aguçados.
continua...
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